A rota, como não podía ser de outra forma, transmite-nos sensações diferentes ao caminhar por uma canhada real, a Soriana Ocidental, única via pecuária no Casar de Cáceres, e a Vía da Prata, calçada romana que unía a Emerita Augusta com a Asturica. Para além de estas duas referências históricas, o percurso inclui vários pontos de interesse tais como, o Pântano Novo, um interessante riacho para observar aves aquáticas, as rochas graníticas esparzidas entre amplos pastios, o cais da Perala, e a proximidade do itinerário dos Ribeiros do Almonte, declarados ZEPA por constituir um valioso corredor fluvial que contem um importante número de espécies ameaçadas, tais como a cegonha preta ou o alimoche.
A paisagem apresenta-se árida, com poucas árvores, onde dominan as ondulações do terreno, imperam os solos arenosos povoados de matagais de leguminosas como retamas e vassoura, misturas como os dos violáceos cantuesos e multidão de flores primaveris. A azinheira aparece à medida que nos aproximamos da bacia do Almonte, adivinhando-se a escarpada pendente que finaliza com o mando do lhano, dando passo à grande quantidade de água da Represa de Alcântara, também declarada ZEPA.
Desde o Casar passaremos em primeiro lugar pela cauda do Pântano Novo, contornando a sua margem até chegar á barragem; neste ponto continuaremos pela canhada para chegar até as casas da Perala, para continuar até a casa do Berrueto pelo caminho do mesmo nome.É esta a zona mais interessante da rota, onde poderemos ver a calçada e um grupo de miliarios. Desde a casa do Berrueto regressaremos ao Casar pelo caminho das Barcas, chegando até a ermida de Santiago, situada ao final da rua Larga.
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